Assim era o meu pastor, uma pessoa especial, distinta e valorosa. Nilson Fanini, esse amigo que tive a oportunidade de conviver. Homem de Deus, anjo de Deus nessa terra.
Lembro de certa vez, em que era o relações públicas do Coral Jovem da Primeira Igreja Batista de Niterói. Tínhamos uma viagem para ser feita a Igreja Batista de Mendes (Interior do estado do Rio de Janeiro). Todos nós sabíamos o quanto ele zelava pelo som da igreja, sua liberação era coisa rara. Ele era duro quando se tratava do patrimonial da igreja, percebia que poucos tinham esse zelo. Entrei pela porta da frente após o culto de quarta-feira, pensei comigo é agora ou nunca, afinal ele já havia negado em outras vezes. Minha ânsia era grande, afinal tinha no meu coração essa determinação. Interrompi o pastor, que conversava com o seu colega Joaquim de Paula Rosa. A igreja estava quase vazia, ele olhou em minha direção como sempre fazia antes de uma lição a ser dada e perguntou: “O irmão serviu o exército?”. Eu não entendi nada naquela hora e respondi: Pastor eu quero falar com o irmão! Ele mais uma vez me olhou firme e disse: “Se serviu, deveria entender que quando dois generais estão conversando, o imediato deve aguardar a sua vez!”
Fui a nocaute com aquela autoridade, me senti muito pequeno, sentei-me no primeiro banco de frente ao piano e esperei ele concluir o que conversava. Logo a seguir ele me chamou e disse: “Irmão, tudo na vida tem sua hora e seu tempo”.
Emmanuel Nazareo
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